Você ainda vai conferir alguns dados relevantes para entender o valor da força de trabalho feminina. É preciso voltar algumas décadas e pensar sobre o lugar ocupado por elas. Ou seja, a maioria delas era sustentada pelo marido e se dedicava a cuidar da casa e dos filhos. Embora tivessem começado a trabalhar fora, os maridos continuavam sendo os principais provedores por receberem mais. Foi mesmo a partir dos anos que elas começaram, de fato, a ocupar outros espaços fora das casas. Com o passar dos anos, a fatia do mercado de trabalho ocupada pelas mulheres aumentou.
Meu marido tem o fetiche de me ver transar com outros homens. No início do nosso relacionamento eu tinha 20 anos e era supertradicional. Primo surtei. Pensei até em terminar vida.
Numa busca obsessiva, corri contra o tempo. Em apenas dois meses, emagreci 27 quilos e, aos 45 anos, paguei um garoto de programa para calcular o meu desempenho na cama. Fui muito feliz com Rafael, pai dos meus dois filhos. Éramos amigos de ficar horas conversando. Enquanto ele falava, eu alisava o braço daquele homem-feito fogoso, que transava comigo todas as noites. Uma vez passei 33 existência nos Estados Unidos e voltei com 33 presentes para Rafael, comprados um a cada dia. Ele era dirigente de uma empresa, e eu trabalhava como terapeuta de casais. Para mim, era Deus no céu e meu marido na Terra. Nunca poderia imaginar o que estava por acontecer.
E recebo mensagens de homens dizendo que ao lerem o que escrevo, aprendem um pouco sobre si, dizem que se tornam melhores. Muitas mulheres, independentemente da leitura a que têm agasalho, se perguntam o que fiz de errôneo. Começam a rebaixar seus critérios, decidem exigir menos. Quanto a varonilidade hegemônica pode ser prejudicial para os homens. E se tiver algum quesito, provavelmente a mulher vai defender dele. Minha esperança é conseguir trazer algum questionamento. Quero que o homem-feito leia um texto e comece a pensar sobre si.